O governo de Nicolás Maduro anunciou uma medida emergencial para conter a crise energética que assola o país: a redução da jornada de trabalho no setor público para apenas 13,5 horas semanais. A nova escala prevê expediente três vezes por semana, das 8h às 12h30, e deve durar seis semanas, com possibilidade de prorrogação. Segundo o governo, a decisão foi motivada pela seca que afeta os níveis do reservatório de Guri, principal fonte de energia hidrelétrica da Venezuela.
Especialistas, no entanto, apontam que a crise energética é agravada por anos de negligência, corrupção e falta de investimentos no setor elétrico. Além disso, sanções internacionais, como a tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre países que compram petróleo venezuelano, têm intensificado os desafios econômicos do país. Enquanto apagões diários continuam a afetar milhões de venezuelanos, o setor educacional enfrenta sua própria crise, com 70% dos professores deixando as salas de aula devido aos baixos salários.