A Justiça do Acre condenou uma professora mediadora a oito meses de detenção por maus-tratos contra um aluno autista de cinco anos na Escola Municipal Novo Horizonte, em Porto Acre. Entre junho e outubro de 2022, a educadora foi flagrada por funcionários praticando violência física, como puxões de cabelo e beliscões, ao invés de empregar métodos pedagógicos adequados.
O caso revelou abusos frequentes contra a criança, que além do transtorno do espectro autista, possui déficit de atenção e epilepsia. A juíza Bruna Perazzo destacou que a conduta ultrapassou os limites da correção legítima, causando sofrimento psicológico à vítima, e determinou, além da pena em regime aberto, uma indenização de R$ 3 mil.
O episódio escancara falhas na inclusão e proteção de alunos com necessidades especiais no ambiente escolar, reforçando a necessidade de profissionais capacitados e atitudes de acolhimento e cuidado. A sentença foi recebida com repúdio pela comunidade local.