Em uma tentativa de contornar a crise de popularidade que ameaça a eleição de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará posse nesta segunda-feira (10/3) a dois novos ministros no Palácio do Planalto. Gleisi Hoffmann assumirá a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), enquanto Alexandre Padilha, seu antecessor, tomará as rédeas do Ministério da Saúde. Ambos são conhecidos por suas habilidades de articulação política e terão o desafio de desatar os nós do governo.
Gleisi, que já foi ministra da Casa Civil, retorna ao governo com a missão de negociar com os presidentes e líderes do Congresso para avançar pautas econômicas cruciais, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e mudanças na previdência de militares. Padilha, por sua vez, enfrentou críticas no passado, mas conseguiu se manter no governo e agora assume a Saúde em um momento delicado.
A nomeação de Gleisi e Padilha é vista como uma jogada estratégica de Lula para fortalecer sua base política e melhorar a popularidade do governo. No entanto, a firmeza de Gleisi em suas posições pode ser um obstáculo nas negociações com a oposição, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A nova configuração ministerial será crucial para os próximos passos do governo rumo a 2026.