O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chocou até mesmo seu partido ao anunciar, pelas redes sociais, sua licença da Câmara dos Deputados para viver nos Estados Unidos. A decisão, divulgada nesta última terça-feira, 18, tem como justificativa a busca por "sanções aos violadores dos direitos humanos". Caso o afastamento ultrapasse 120 dias, o missionário José Olímpio (PL-SP), suplente, assumirá o mandato.
A licença, que não será remunerada, implica na perda temporária de direitos parlamentares, como votar e discursar, além de mudanças no gabinete. Segundo especialistas, se o suplente for convocado, os assessores atuais serão exonerados, permitindo ao novo deputado reestruturar a equipe. Eduardo, que já viajou quatro vezes aos EUA este ano, deixa o Brasil em meio a tensões políticas e à iminente decisão do STF sobre a possível abertura de processo contra seu pai, Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe em 2022.
A saída repentina ocorre dias após manifestações fracassadas em apoio à anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro. A licença de Eduardo Bolsonaro levanta questionamentos sobre os reais motivos por trás da decisão e seu impacto no cenário político brasileiro.