Jornalistas que cobriam os protestos liderados por sindicatos e mototaxistas em Cobija, no departamento de Pando, na fronteira com o Acre, enfrentaram restrições severas para exercer sua profissão nesta semana. Manifestantes bloquearam o acesso da imprensa às áreas das manifestações, alegando que a cobertura poderia "distorcer" suas reivindicações, dificultando a divulgação dos atos que protestavam contra políticas de preços e o aumento dos combustíveis.
A atitude gerou revolta entre os profissionais de comunicação, que denunciaram a violação de direitos fundamentais como a liberdade de imprensa e a livre circulação. "Estamos aqui para informar a população de forma imparcial, mas enfrentamos obstáculos que impedem o exercício da nossa profissão. Isso é um ataque à democracia", declarou um jornalista local. Entidades de comunicação também criticaram a restrição, afirmando que a transparência é crucial em momentos de mobilização social.
Enquanto as autoridades locais permanecem em silêncio sobre o ocorrido, os protestos seguem intensos nas ruas de Cobija, com os mototaxistas exigindo respostas do governo para suas demandas. O caso ressalta a importância da liberdade de expressão e da segurança dos profissionais da imprensa, principalmente em contextos de manifestações populares, onde a informação é essencial para o diálogo democrático.