PF deflagra Operação “Rosa de Lima” e investiga prefeito de Santa Rosa do Purus por fraude milionária em contratos públicos

Na manhã desta terça-feira, 14 de janeiro, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Rosa de Lima, com o objetivo de investigar um esquema de fraudes na contratação de uma empresa de mão de obra terceirizada pela Prefeitura de Santa Rosa do Purus, no Acre. O principal alvo da operação é o prefeito Tamir Sá, do MDB, reeleito com mais de 51% dos votos. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Tamir declarou um patrimônio de R$ 800 mil.

De acordo com as investigações, as práticas ilegais teriam causado um prejuízo de até R$ 9 milhões aos cofres públicos. A PF aponta que houve direcionamento de contratos municipais em benefício de uma empresa ligada a familiares do prefeito, configurando um esquema de favorecimento ilícito.

Durante a operação, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, todos autorizados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Os agentes recolheram documentos, dispositivos eletrônicos e registros bancários que passarão por análise detalhada da equipe policial e da perícia criminal para esclarecer os fatos.

Ações também em Sena Madureira

Simultaneamente, a Polícia Federal realizou ações em diversos pontos de Sena Madureira como parte das investigações. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e estabelecimentos comerciais da cidade, buscando elementos que possam comprovar a participação de pessoas e empresas locais no esquema investigado.

Fontes ligadas à operação afirmam que o material apreendido será essencial para rastrear o fluxo financeiro e identificar outros possíveis envolvidos.

Os crimes apurados pela Polícia Federal incluem associação criminosa, fraude em licitação e frustração do caráter competitivo de licitações, entre outros delitos relacionados. As penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.

A PF destacou que a operação ainda está em andamento e que novos desdobramentos podem surgir nos próximos dias. Até o momento, Tamir Sá e os demais investigados não se manifestaram oficialmente.

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