Nesta semana, o dólar atingiu um recorde histórico, sendo cotado a R$ 6,26. Esse aumento alarmante reflete uma série de fatores que têm pressionado a economia brasileira e gerado críticas ao governo federal. A desvalorização do real frente ao dólar é a maior desde a pandemia, acumulando uma queda de 21,52% em 2024.
A desvalorização do real pode ser atribuída a uma combinação de fatores internos e externos. Entre os principais motivos estão:
1. Incertezas Fiscais: O temor de que o pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal seja desfigurado no Congresso tem gerado desconfiança no mercado. A falta de clareza sobre a responsabilidade fiscal e a possibilidade de que as medidas não sejam suficientes para zerar o déficit em 2025 aumentam a pressão sobre a moeda brasileira.
2. Política Monetária dos EUA: A redução dos juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed) atrai capital para o mercado americano, valorizando o dólar e desvalorizando o real. A alta demanda por dólares, típica de final de ano, também contribui para a valorização da moeda americana.
3. Crise Fiscal e Econômica: A crise fiscal do governo brasileiro, combinada com a percepção de que o ajuste fiscal proposto é insuficiente, tem levado investidores a buscar proteção no dólar. A saída iminente do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Rogério Ceron, também contribuiu para as especulações e a desvalorização do real.
Comparativo com o Governo de Jair Bolsonaro
Durante o governo de Jair Bolsonaro, a economia brasileira enfrentou desafios significativos, incluindo a pandemia de COVID-19. No entanto, alguns indicadores econômicos apresentaram melhor desempenho em comparação com o governo atual. Por exemplo, a inflação durante o governo Bolsonaro foi de 6,26%, enquanto o desemprego estava em 9,10%. Em contraste, a gestão atual tem enfrentado dificuldades para estabilizar a economia e controlar a inflação.
A desvalorização do real é resultado de uma combinação de fatores internos e externos. Internamente, a falta de confiança na política fiscal do governo e a incerteza sobre a aprovação das medidas de ajuste fiscal têm gerado desconfiança no mercado. Externamente, a política monetária dos EUA e a valorização global do dólar têm pressionado ainda mais a moeda brasileira.
Em resumo, a desvalorização do real e o recorde histórico do dólar expõem as fragilidades da economia brasileira e a necessidade de medidas mais robustas para restaurar a confiança dos investidores e estabilizar a moeda.