Polícia Federal indicia Jair Bolsonaro no inquérito das joias


O ex-chefe de Poder Executivo foi acusado de cometer crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos

A Polícia Federal (PF) indiciou do ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira, 4, no inquérito das joias sauditas. A corporação acusa o ex-chefe de Poder Executivo dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

Agora, o caso segue para as mãos do ministro relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, e para a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Além de Bolsonaro, a PF indiciou outros personagens como os advogados do presidente Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid e seu pai o coronel Mauro Lourena Cid.

Wassef e Wajgarten foram iniciados pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos; já Mauro Cid pode responder pelo crime de apropriação de bens públicos.

O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque também foi indiciado, assim como o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara outro ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e o segundo-tenente Osmar Crivelatti que integrava o núcleo duro presidencial.

Bento pode responder pelos crimes de apropriação de bens públicos e associação criminosa. Marcelo Câmara foi indiciado apenas pelo crime de lavagem de dinheiro e Crivelatti foi imputado nas hipóteses de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Relembre o caso das joias sauditas

As suspeitas vieram à tona em março de 2023, a partir de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo.

Entre outras informações, o jornal revelou que a Receita Federal reteve, em 2021, um estojo feminino com joias Chopard que teria sido enviado pelo governo da Arábia Saudita à primeira-dama Michelle Bolsonaro.

No mesmo mês, a PF abriu um inquérito para apurar a movimentação das joias.

O estojo estava na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que havia voltado de uma viagem oficial à Arábia Saudita. O assessor não declarou os bens ao chegar ao Brasil.

Depois desse caso, a polícia passou a investigar também a movimentação de um kit masculino da Chopard (incluindo caneta, anel, abotoaduras, rosário árabe e relógio); dois relógios (um da marca suíça Rolex, acompanhado por joias, e outro da marca suíça Patek Philippe) e duas esculturas folheadas a ouro.

Em abril, Jair Bolsonaro e Mauro Cesar Barbosa Cid já haviam prestado depoimento à PF sobre as joias. Em 11 de agosto, em outra etapa da investigação, a PF conduziu a operação Lucas 12:2, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia a lista completa de indiciados:

Bento Albuquerque


Fábio Wajngarten


Frederick Wassef


Jair Messias Bolsonaro


José Roberto Bueno Júnior


Júlio César Vieira Gomes


Marcelo da Silva Vieira


Marcelo Câmara


Marcos Andrade dos Santos Soeiro


Mauro Cid


Mauro Lourena Cid


Osmar Crivelati



Fonte O Antagonista

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