Estuprado no portão: vítima faltou a depoimento na polícia por cansaço

João Alexandrino, estuprado no domingo, deveria depor à Polícia nesta quinta, mas acabou faltando por cansaço; uma nova data será marcada.

 Convidado a prestar depoimento à polícia nesta quinta-feira (2/5), João Alexandrino da Silva, de 31 anos, não compareceu por estar “muito cansado” após chegar do trabalho. O homem foi estuprado enquanto saía de casa, na madrugada do último domingo (28/4), em Campinas, no interior de São Paulo.

O delegado responsável pelo caso, José Roberto Micherino, 1º DP de Campinas, afirmou ao Metrópoles que uma nova data será marcada para ouvir a vítima, que afirmou que deve comparecer ao Distrito Policial nesta sexta-feira (3/5).

A identidade do suspeito ainda é desconhecida e as investigações seguem para encontrá-lo.

Trauma

João Alexandrino divulgou uma série de vídeos em seu perfil no Instagram em que diz estar traumatizado e com medo de que o crime volte a ocorrer. O rapaz afirma que está pensando em sair do bairro em que vive.

“Estou pensando em me mudar desse local. Eu não estou me sentindo confortável. Toda vez que eu saio ali vem na cabeça o que aconteceu, e acho que eu preciso sair desse local e alugar outra casa”, disse.

“Fui comprar uma coisa ali no mercadinho e teve um cara que falou assim: ‘Você que ficou famoso porque o cara queria te estuprar?’ Eu nem liguei, nem dei bola. Vim embora correndo para casa. Como eu tô nesse trauma, nesse medo, qualquer coisa eu já fico assustado. Espero que isso passe logo de mim. Eu não aguento, não. Por enquanto só fico em casa, não estou saindo. Vou procurar um psicólogo, um terapeuta”, complementou o cozinheiro.

Incentivar novas denúncias

Mais cedo, João afirmou ao Metrópoles que decidiu expor o caso nas redes sociais para incentivar vítimas de crimes semelhantes a fazerem o mesmo. Inclusive foi ele quem divulgou o vídeo do estupro.

Nas imagens registradas por uma câmera de segurança do prédio em que mora, João Alexandrino aparece saindo pelo portão do prédio para esperar um motorista de aplicativo que o levaria até o trabalho. Na calçada, um homem aguardava. A vítima disse que achou se tratar de um morador.


Por Enzo Marcus, Metrópoles

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