Você viu a manifestação da esquerda em resposta ao ato de Bolsonaro?

 


Você provavelmente não ouviu falar, mas movimentos de esquerda promoveram no sábado, 23, manifestações em resposta ao ato convocado por Jair Bolsonaro em 25 de fevereiro.

Enquanto a mobilização do ex-presidente na avenida Paulista levantou debate sobre o número de participantes, com cifras entre 200 mil e dois milhões de pessoas, o PT e seus apoiadores não conseguiram reunir mais de 1,3 mil pessoas em São Paulo (foto) e 1,7 mil em Salvador.

presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), esteve na capital baiana, apontada como principal cidade dos atos. O Monitor do debate político da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, mesmo grupo que apontou 185 mil pessoas na Paulista por Bolsonaro, contou 1,7 mil pessoas em Salvador às 16h30, no momento de pico do evento.

receio de que as manifestações fossem comparadas levou os esquerdistas a cogitar não mencionar diretamente o nome do Bolsonaro, mas Gleisi fez questão de falar sobre o ex-presidente no ato da Bahia: “Bolsonaro não pode ir para a rua querer a conciliação do Brasil quando ele atentou contra isso e contra a estabilidade das instituições brasileiras e de toda a política que tínhamos de construção do país”.


E os petistas?

Também eram esperados Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), mas, segundo O Globo, eles não apareceram. Lula também apareceu, nas semanas que antecederam o ato, na lista de possíveis oradores, mas também não deu as caras.

Em São Paulo, o movimento foi ainda mais esvaziado. As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo optaram por se manifestar “em favor da democracia” no Largo São Francisco, para evitar comparações com o ato de Bolsonaro, e seus piores receios se confirmaram.

O site Poder360 contou um por um os manifestantes e chegou ao número exato de 1.347 participantes. O site registrou ainda a presença dos ex-presidentes do PT José Genoíno e José Dirceu, que passa por reabilitação política após condenações judiciais por corrupção.

Não deu

Além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e do PT, os atos, que ocorreram em 16 cidades no Brasil e tiveram representantes em Portugal e Espanha, contaram com o apoio de outros partidos, como PSOL e PCdoB, além da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Se  somar todo mundo em todas essas localidades, o número ainda estará muito longe da menor estimativa do que Bolsonaro conseguiu reunir em 25 de fevereiro. Não deu.


Por O Antagonista

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