Estados desistem de aumentar ICMS após mudança na reforma tributária



Dois dos seis estados que justificaram a implementação do aumento do ICMS por meio da reforma tributária, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, reverteram a decisão nesta semana. O governo de São Paulo também sinaliza que não irá prosseguir com a proposta neste momento.

Em novembro, os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná indicaram um aumento na alíquota-base do ICMS para 19,5%, fundamentando tal elevação em um dispositivo da reforma presente no parecer aprovado pelo Senado Federal.

O referido mecanismo estipulava que a arrecadação do ICMS entre 2024 e 2028 seria a base para a distribuição da arrecadação do IBS (imposto estadual criado pela reforma) entre 2029 e 2077.

O relator da reforma na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, excluiu esse dispositivo da redação final, que agora segue para a promulgação no Congresso. O deputado alegou que tal trecho gerava “insegurança” quanto à participação dos entes federativos subnacionais (estados e municípios) na arrecadação ao longo de 50 anos.

Na segunda-feira (18), o governo do Rio Grande do Sul anunciou a retirada do projeto de lei (PL) que havia sido encaminhado à Assembleia Legislativa do estado (ALRS). No dia seguinte, o governo do Espírito Santo anunciou que encaminhará à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ALES) um PL revogando o aumento da alíquota, que teria vigência a partir de abril de 2024.

Em comunicado à CNN, a Secretaria de Fazenda de São Paulo afirmou que, “neste momento”, não planeja propor o aumento da alíquota do imposto estadual.

A CNN questionou os demais estados sobre suas posições, mas, até o momento, não obteve resposta. As elevações das alíquotas no Rio de Janeiro (20%) e no Paraná (19,5%) já foram aprovadas pelas respectivas assembleias legislativas (Alerj e Alep).

Antes do aumento, as alíquotas desses estados eram as seguintes:

·         São Paulo: 18%

·         Rio de Janeiro: 18%

·         Minas Gerais: 18%

·         Espírito Santo: 17%

·         Rio Grande do Sul: 17%

·         Paraná: 19%




Por BizNewsBr

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